01 - Sim, sou eu
02 - Sophia
03 - Puros
04 - Destruição
05 - A Divisão
06 - A manhã
07 - Voo do medo
08 - A mente de Gabrielle
09 - Sistema abaixo
10 - Sarah Inc.
11 - Eu não tenho medo (Parte 1)
12 - Eu não tenho medo (Parte 2)
13 - Eu não tenho medo (Parte 3)
14 - Sobrecarga
15 - Amarga escuridão
16 - A caçada
17 - Um dia
18 - O outro lado
19 - Cartas para Princesa
20 - Jamais esqueceremos
01 - Sim, sou eu

Olá, meu nome é Max Lane, tenho 17 anos e sou de Nova Orleans, nasci em algum lugar do centro de Nova York, talvez numa mesa de bar, já que minha mãe conheceu meu pai por lá. Eu morava com meus pais e ajudava eles com as contas da casa, não somos ricos, mas tentamos manter a vida, apenas tentamos...

Eu estudava em uma escola publica do outro lado da cidade, eu ia com a minha bicicleta, eu comprei ela com meu baixo salário. Minha vida na escola não era das melhores, eu não sofria bullyng, mas ninguém olhava na minha cara, nem ao menos chegavam perto de mim por algum motivo, pareciam esnobes, mesmo eles estudando em escolas publicas.

Em um dia, eu estava na minha sala depois da aula fazendo os trabalhos extras de escola que eu tinha atrasado, minha professora que estava lá era a de história, ela se chamava Meggy, ela me dava muito apoio, mas ela era muito estranha as vezes, por que em qualquer canto que você estiver, ela sempre vai estar lá.
Meggy era bonita, e me ajudava sempre que podia com qualquer coisa a bastante tempo e eu confiava nela.

Eu estava fazendo minhas tarefas, e minha professora me deu um papel dobrado ao meio e me disse:

- Você é meu melhor aluno - disse ela calmamente me dando o papel.

- Obrigado professora - peguei o bilhete para ler - que papel é esse?

- Não abra agora! Abra em casa - Ela disse com cara de assustada. -Promete?

- OK então professora, prometo.

Aquele foi um dia que ela agiu estranho, poderia falar de outros dias, mas aquele dia foi muito estranho, porque ela na aula estava me olhando um pouco assustada.

Quando terminei, eu tinha que ir ao trabalho, então peguei minha bicicleta e corri, eu nem fiquei pensando no bilhete. Eu cortava a cidade inteira de bicicleta, entre os carros e pedestres na calçada, eu era rápido nisso. Eu trabalhava de cozinheiro em um pequeno restaurante do outro lado da cidade, eu aprendi com meu pai a cozinhar... A muito tempo eu falava mais com ele, mas algo acontece com ele que agora ele é mais ocupado e mais estressado, e hoje não falo com meu pai direito, ele todo dia some de manhã, acho que sei o que ele faz, mas prefiro não pensar que ele faz algo errado.

Eu havia chegado no restaurante, guardei a bicicleta e entrei pela porta dos fundos, eu havia cumprimentado todo mundo e colocado meu avental e começado a cozinhar atendendo pedidos dos clientes, não havia muita gente pra atender, mas mesmo assim era bastante frenético o meu trabalho.

Por um momento ficou sem clientes pra atender, era 18:00 horas e estava tudo vazio, e todos estavam meio livres começaram a conversar. Do nada, o celular de todo mundo dentro da cozinha começou a tocar e a gente começou olhar um pro outro, eu atendi e tinha um ruído muito forte, então desliguei rápido.

- Galera, ta acontecendo essa droga de novo. - Eu disse para o pessoal, eram 6 pessoas.

- Estranho ainda ta rolando isso com todas as operadoras cara... - Os celulares pararam de tocar.

- Vou tentar ligar pra minha mãe. - Eu disse, eu peguei meu celular e andei pra fora e disquei o número dela, ela demorou para atender.

- Oi Max.

- Oi mãe, ta tudo bem por aí?

- Meu celular começou a tocar sozinho, por isso demorei um pouco pra atender filho.

- Ah. Meu pai está em casa?

- Sim... - A ligação caiu...

Estava acontecendo coisas muito estranhas, todos os dias as 18:00 acontece de todos os celulares tocarem e emitir um ruído péssimo.
Eu pensei que minha mãe tinha desligado o celular ou tinha acontecido algo por lá, mas eu andando pra frente do restaurante vi que a cidade estava apagando aos poucos, em pouco tempo ficou tudo escuro, o céu estava quase totalmente negro, perdendo o tom azulado, e com o apagão da energia, as estrelas se destacaram no no espaço, o céu ficou brilhante.

Alguns cozinheiros saíram também do restaurante enquanto os outros tentavam ligar o gerador de emergência. Eu olhei para o meu celular e ele não ligava, os cozinheiros que saíram também tentaram ligar o deles e nada.
De tanto insistir, o reflexo do céu na tela do meu celular chamou a minha atenção, então olhei para cima e 5 pontos luminosos muito fortes cortaram o céu sem ao menos fazer barulho, estavam altos demais para ser caças, talvez eu estivesse enganado... Mas do nada eles sumiram, eu comentei com os cozinheiros e eles disseram que poderiam ser só aviões do exercito mesmo.

Depois de alguns minutos no escuro a energia voltou do nada, o nosso chefe tinha chegado nesse momento dizendo para nós fecharmos o restaurante e que podíamos voltar para casa, eu apenas peguei minha bicicleta e fui embora, meu celular começou a vibrar no meu bolso indicando que ele ligou.
No caminho de casa havia uma rua interditada cheio de policiais e bombeiros, tinha um prédio em chamas e a calda de um helicóptero no chão também pegando fogo, eu desviei e fui mais rápido pra casa. Quando cheguei, guardei minha bicicleta e subi as escadas, eu olhei nas escadas de cima e havia homens com terno e uma mulher saindo de um corredor no andar abaixo da minha casa, eu me movi devagar pra não chamar atenção. Isso era outra coisa estranha acontecendo nos últimos dias, meu prédio cheio de caras estranhos assim... Assim que eles passaram por mim descendo as escadarias, eu continuei subindo os andares mais rápido.

Quando entrei dentro de casa, eu tranquei a porta, minha mãe estava colocando a comida na mesa, estava cheirando muito bem.

- Como foi o trabalho Max? - ela me deu um beijo na testa - aposto que foi um dia bom.

- É mãe - Eu curioso, perguntei - Mãe, quem era os caras de terno que entraram no prédio?

- Caras de terno? - Ela me olhou assustada - Será que é do andar de baixo de novo?

Minha mãe não gostava de morar num condomínio em que nós morávamos, tinha muita coisa estranha rolando.

- Sim mãe, parece que é... - Eu me sentei na cadeira. -Cadê meu pai? -Ela olhou para os lados e disse que ele estava trabalhando. -Mãe, você nem sabe onde... -Pensei bem e decidi deixar esse assunto para lá.

- Você voltou cedo por causa daquele apagão? -Ela se sentou a mesa também e pegou um prato.

- Nem eu sei mãe, o chefe não quis explicar, mas tem um prédio pegando fogo no centro da cidade.

- Nossa... Essa cidade está ficando cada vez mais estranha... realmente... - Ouvimos a porta destrancando, ela olhou pra mim e começou a colocar comida em seu prato, eu peguei um prato e fiz o mesmo.

Meu pai chegou meio descabelado e deixou seu casaco no sofá, ele foi andando para o quarto dele sem falar oi pra ninguém.

- Mãe, ele trabalha com que? - Pode parecer incrível essa pergunta, mas ninguém se quer me disse sobre isso, nem mesmo meu próprio pai... Ela ficou em silencio e começou a comer.

Depois que comi fui para meu quarto, eu deitei sobre a minha cama e peguei meu celular do bolso, o papel que a professora Meggy saiu junto, eu abri ele e iluminei com a tela do meu celular, mas estava escrito apenas a palavra "Estrelas", eu fiquei meio confuso e vi até o verso dele mas não havia nada, cheguei a pensar que minha professora é maluca, então abri um jogo no meu celular e deixei o papel no meu criado-mudo, eu fiquei das 19:00 horas até as 22:03 jogando como se não houvesse amanhã.
Eu tinha cansado já de jogar, então desliguei o celular e comecei a olhar para o teto... que era muuuuito interessante...

A janela da minha sacada começou a fazer barulho porque um vento forte começou do nada, até que ela se abriu, o vento entrou com força e todos os papéis que estavam pelo quarto começou a voar, eu corri para fechar a janela então o vento cessou dentro do quarto, mas um papel que estava ainda caindo na frente da porta de vidro da sacada me chamou a atenção, ele tinha pontos que brilhavam, quando caiu no chão ele se apagou, então liguei a lanterna do meu celular para ver que papel era esse, e era o bilhete da professora Meggy.

-Estrelas... -Disse eu olhando para o papel no chão e entendi, peguei ele e tive uma idéia.

Abri a porta da sacada e o vento voltou para dentro do quarto, então saí e olhei para as ruas ao redor do meu prédio, estava tudo normal, então peguei o papel e apontei para as estrelas, o papel todo começou a brilhar e logo depois o brilho foi sumindo dando lugar a letras brilhantes.

"Não posso dizer muito, mas você é o novo escolhido, precisa descobrir verdades sobre a sua vida passada e obscura, daqui para frente é você e seus amigos para salvar a nossa... Prof. Meggy"

Eu não havia entendido o bilhete e como podia aquilo ser mostrado apenas com estrelas, e muito menos o porque ela não concluiu o bilhete... E porquê era uma frase bem clichê...
Eu sentei nas grades da sacada que eram de metal, quando eu estava guardando o bilhete no bolso, eu senti o metal rangendo e o vento ficando mais violento, mas como eu fui muito burro, a grade caiu junto comigo para trás, e eu despenquei do 5° andar, mas por algum tipo de sorte, eu consegui segurar nas barras da sacada do andar de baixo e vi, pela janela, muitas pessoas em volta de uma mesa redonda, e vários computadores, como se vigiassem alguém, negociassem algo, e se eles me vissem, talvez me matariam, senti as barras que eu estava segurado rangendo também, e eles olharam para mim, e as barras quebraram, e cai de quatro andares direto para o chão... Não soube o que houve depois.

Meu dia estava maluco e havia piorado naquele momento...

Eu acordei e senti meu corpo todo dormente, e eu não tinha acreditado que eu tinha sobrevivido a uma queda de tantos andares. Eu estava em um quarto de hospital, tentei me mover mas era estranho, como se eu tivesse travado, falo por experiência própria com meu lentíssimo computador. Um enfermeiro entrou no quarto e deixou as folhas dele cair no chão, ele parecia impressionado, mas só levantei um braço... o enfermeiro chegou perto de mim e perguntou se eu estava bem, eu queria ser sarcástico, mas não consegui pensar em uma resposta, e saiu do quarto para chamar outros médicos, do nada minha visão se embasou e eu apaguei. Eu acordei em um sonho, um lugar todo branco, e perto de mim, tinha flores plantadas no chão branco e um jardineiro regando as flores.

-Seja bem vindo jovem.

Eu estava meio tonto ainda, e o velho veio em minha direção devagar, e eu estava mudo, e ele me disse:

-Você vai mudar o mundo rapaz, mas não só o seu.- Ele deu uma gargalhada e voltou as suas flores.

-Mas o...

Do nada acordei no hospital, minha mãe estava do meu lado chorando, estava muito feliz e me abraçou forte, e eu já sentia meu corpo.... Porque senti a dor do aperto forte do abraço da minha mãe enquanto o médico pediu pra ela não fazer isso, depois que o médico saiu, ela ficou olhando pra mim.
Depois de ela ficar me olhando estranhamente, ela começou explicando oque tinha acontecido:

- Você ficou a muito tempo aqui, eu tinha te levado pro hospital, mas nossa cidade tinha acabado a energia justamente aquela hora, e até hoje está assim, então vim para casa da sua tia...- Eu assustado perguntei.

-Espera... Onde nós estamos?

-Estamos em casa de novo Max.

-Nova York?

-Sim filho

-Mas... Quanto tempo?- Eu estava assustado com tudo isso, mudanças, tempo, essas mensagens estranhas, com certeza eu estava ficando louco de tanta coisa estranha ta acontecendo tão rápido em um dia só.- Por quanto tempo mãe!?

-1 Ano hoje. Você estava em coma! -Disse abaixando a cabeça

Eu estava extremamente assustado com isso, por que tudo passou tão depressa...

-Tudo Bem mãe. Eu não queria preocupar ela mais ainda com mais perguntas, eu estava paciente naquela hora tentando colocar minha cabeça no lugar.

Minha mãe disse que a gente veio pra NY, mas como ainda fiquei em coma, ela ficou morando com a minha tia.

Fiquei mais um mês no hospital, fazendo fisioterapia inútil, por que eu me sentia bem, e isso assustava os médicos de uma certa maneira. Eu não tinha mais sequelas, apenas cicatrizes.
Eu era diferente, eu me curava rápido, não tive gripe nunca, isso até eu ainda acho muito estranho.

Recebi alta e fui levado para casa da minha tia, minha mãe tinha saído do trabalho dela para me levar, ela trabalhava pra pagar uma casa nova pra gente por aquelas redondezas, já que se acontecer algo estranho, ela me levar para o hospital que tenha algum suporte. Minha tia era muito simpática, ela se chamava Eleanor, ela me entupia de doces e guloseimas, o falecido marido dela era brasileiro. Ela curiosamente tinha um filho, ele era meio americano e meio brasileiro, e eu nunca tinha visto um brasileiro, não de perto. Ele era muito pálido, tinha uma franja na cara dele, ele era claramente um emo, ficava sempre no porão com vários computadores, minha tia nem ligava muito para isso pois ele era um gênio e conseguia dinheiro pela internet. Ele se chamava Vini, o porque desse nome? Eu não sei. Para Vini era legal ter outro garoto morando na mesma casa que ele, então viramos amigos bem rápido, e depois de um tempo, vi que ele era um dos melhores amigos que eu poderia ter.

Depois de 2 meses por lá, sem nada estranho acontecendo, eu estava incomodado pela falta do meu pai, o que será que tinha acontecido com ele? Mas logo esse pensamento sumia, talvez eu já estivesse acostumado com a falta de presença dele na minha vida. Resolvi não perguntar a minha mãe, mas a curiosidade ficou grande um certo momento, então fui perguntar ao Vini se há como saber do meu pai, por que ele é um excelente hacker, e ele fez uma looooooooooonga pesquisa sobre o meu pai, e descobrimos oque aconteceu... Nada... Simplesmente ele não existia na internet. Eu realmente fiquei surpreso pelo fato que todo mundo existe na internet, e ele não.

Naquele dia eu não tive muito tempo pra pensar nisso, minha mãe queria me mostrar o que mudou na cidade, foi a primeira vez que saí de casa depois que tive alta do hospital.
Nova York era enorme e bastante variada, mesmo não tendo o Mardi Gras, que era uma festa comum em Nova Orleans.
Fui com minha mãe ao mercado, estávamos no carro da minha tia emprestado e tudo parecia normal...

O carro parou em frente a o Central Park, simplesmente parou de funcionar, olhei pela janela e não só nosso carro tinha parado, todos os carros estavam parados, minha mãe soltou um palavrão feio que não gostaria de falar... Eu ouvi um motorista que estava parado ao nosso lado dizendo que a bateria do carro acabou do nada, o celulares e relógios tinham parado também, os telões de propaganda ali perto estavam desligados, e os semáforos também, do nada o céu fica mais escuro e surge uma luz mais forte que o sol na nossa direção, era gigante e estava em chamas, e passou por cima de nós muito rápido e bateu nos prédios longe dali! As pessoas começaram a gritar que era o fim do mundo e estavam em panico tentando correr ou ligar o carro. Os veículos voltaram a funcionar do nada e as pessoas começaram a tentar ligar o carro e quem conseguia até batia pra tentar fugir dali, a sinalização estava com erro, e eu e minha mãe demoramos um pouco pra sair daquela confusão, ela tentou manter a calma, quando finalmente tudo ficou mais quieto, fomos pra casa, minha mãe estava tremendo de medo, eu estava congelado ainda com o que eu tinha presenciado. Chegamos em casa, minha mãe em choque foi para o quarto falar com a minha tia. Eu tinha certeza que era um disco voador, e eu entrei no porão para falar com Vini, quando cheguei, ele já me disse que tinha visto algo sinistro no centro pelo computador dele, era um ovni de verdade...

OK, você não pode acreditar em ETs e discos voadores, mas era verdade e muita gente viu, principalmemte eu.

Aquele mesmo dia, Vini me mostrou uma coisa impressionante, ele tinha um acervo grande de HDs, computadores e servidores, notei pela tela do computador que ele tava com um mapa aberto com um monte de coisas estranhas, como se ele estivesse de olho no país e fora dele, varios pontos do mundo com o mesmo "incidente" , ele era fanático por histórias de extra-terrestres, sempre achei essas coisas uma loucura, mas eu parei de duvidar depois que vi aquilo. Vini começou a falar que acreditava em anjos, fadas, vampiros e ets, em coisas divinas, em teorias do Novo Apocalipse, teoria criada a mais de mil anos dizendo que seres divinos iriam nos salvar ou matar, parecia a bíblia, mas aquilo que ele estava falando não era exatamente de lá.

Eu já estava assustado, e ele consegui a façanha de me deixar pior ainda com aquele anexo a mais no porão dele, cheio de livros, mapas e tudo.

Ele estava abrindo os armários, eram mais ou menos 7 ao lado do outro, com pouca iluminação, por apenas 2 lâmpadas amarelas, e enquanto ele abria o armário, ele me falava:

-Max, está começando cara!

-Começando oque? A invasão dos ETs? - Eu dei uma gargalhada nervosa, e senti um pouco de medo por isso.

-Cara, você precisa ler esses livros! Fala tudo, e eles não vieram conquistar o planeta, eles estão procurando algo.

-Quem escreveu esses livros? - peguei um livro no armário e comecei a folhear as páginas - parece que alguém foi em outro planeta e voltou. -Realmente parecia, mas ele parece que não acreditava que eu estava falando sério com ele.

-Max, ninguém foi, quem escreve esses livros são eles, eles são refugiados, vivem ao seu redor! Eles nos avisaram!

-O.....k....-Ele estava realmente me assustando, ele parecia um maluco, andava por todo lado do porão pegando vários livros, ele estava mesmo surtando com a idéia, eu saí devagar do porão.

Eu estava andando pela casa, e fui para o quarto da minha mãe, ela estava sentada na cama, olhando para baixo, ela nem mesmo se movia.

-Mãe, você está bem?

Ela olhou para mim, com um olhar de medo que nunca tinha visto antes.

-Não filho, eu ainda não acredito naquilo no centro, e tenho pressentimento muito ruim sobre isso.

Ela voltou a olhar pra baixo, e eu sentei ao lado dela e dei um abraço forte.

-Tudo bem mãe, não foi nada, ta? Esqueça disso.

Minha mãe e todos que estavam no centro, eram considerados como testemunhas de algo sobre-natural, a TV sempre dizia o mesmo, um avião a jato em fase de testes caiu, não fazia sentido cair e desaparecer em um segundo, e acabar a bateria de tudo...

Deixei minha mãe no quarto, e resolvi sair um pouco pra esfriar a cabeça, essa idéia estava me Perturbando muito, fui a um parque perto dalí, sentei na beirada da fonte e lembrei da minha professora, lembrei do velho no sonho, lembrei das coisas sinistras até agora.

Uma das coisas que eu estava vendo direto era aviões de caça e jeeps cheio de soldados com armas passando pelas ruas, eles não paravam de rondar a cidade, me lembrei de nova Orleans, tinha vários militares rondando as ruas dias antes de eu cair, eu estava começando a achar que o que Vini tinha dito sobre ETs entre nós era real.

Dei uma olhada no mapa do meu celular onde teria uma loja ou qualquer coisa sobre ETs, como toda loja e crença popular, Extra-Terrestres era anões verdes com cabeças enormes e olhos esbugalhados, mas tinha uma loja no mapa que não tinha isso na faixada, então peguei um taxi e fui para lá por curiosidade e com pouco dinheiro.

A loja se chamava "Vida passada", e ela parecia não ter movimento a anos, isso me fez lembrar do bilhete da Meggy.

Quando entrei na loja, vi livros para todo o lado, empilhados nas prateleiras, no chão, no balcão, fui atendido por uma garota de mais ou menos 16 anos, ela era bonita, mas suas roupas não condizem com nossa realidade de hoje, ela usava um vestido longo que parecia de bailarina, parecendo das antigas princesas da Disney, devia ser algo temático da loja, tinha um cabelo branco, muito branco, não cinza, mas branco, e ela tinha olhos azuis e usava batom vermelho.

-Em que posso ajudar? -Disse sorrindo como toda vendedora.

-Quero saber tudo sobre ETs, oque recomenda?

Ela me olhou um pouco desanimada pra mim, como se estivesse profundamente decepcionada e disse:

-Os humanos são muito bobos com isso, sabia? Tudo oque não conhecem vocês chamam de ETs e coisas do tipo, existe muito oque explorar antes. -Ela andou até a cadeira atrás do balcão, e se sentou.

-Nós humanos? -Ela me olhou com uma cara séria.

-Sim, vocês. Porque?

-O que você é? -Disse eu olhando paras os livros acima dela.

-Sou uma Bruxa -Deu um sorriso com seus dentes branquíssimos.

Eu estava cético de que ela era isso mesmo.

-Max, você entendeu oque sua professora disse?

Eu parei na hora, fiquei travado na mesma posição por 6 segundos, e o medo me tomou por completo.

-Como sabe meu nome? E como Sabe da minha professora?

-Calma Max, se concentra no que vou dizer agora! -Ela me disse olhando fundo dos meus olhos.

-O que?

-Mate Sophia, Não se preocupe com você, você vai ficar bem!

-Matar? -Eu comecei a andar pra trás.

-Sophia.

-Quem é Sop....

Do nada apareci em casa, na sala, não havia ninguém, só o Vini no porão, então corri para lá. Quando eu estava descendo a escada, Vini gritou me pedindo pra apertar o botão do lado da porta, quando apertei, uma porta de ferro fechou a gente.

-Desce rápido! Agora! -Gritou vini.

Quando desci, senti um frio na barriga muito forte como se a casa tivesse se movendo em uma montanha russa, um terremoto aconteceu e do nada, algum vento nos jogou contra a parede e desmaiei.

© Akinaton Osti,
книга «Suando Frio: Inicio».
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Glória Vitória Godoi
01 - Sim, sou eu
Finalmente, um livro em português com mais de três capítulos!
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2018-03-18 01:05:59
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