Вірші
            
            
            Descrição do crepúsculo
        
        cai o Sol
nas funduras 
do seu leito
morrem os meus olhos
na poesia
do seu rasto
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        Eu passado
        
        ele é hieróglifo
pintura abstrata
sob olhos
distraídos
poente que serve
à noite o lume
do seu sangue
ele vagueia
nas ruas de
pedra da sua
história
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        Rincão
        
        no recanto
mais de encanto e
mais distante do
eu aparente
lá que guardo
a cada dia
as memórias
do ouvido e mente
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        A necessidade humana
        
        na imensidão borrada
dos teus olhos
todo o verde se engalana
e toda a ira se apazigua
no calor de um teu abraço
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        Morte
        
        eu quase caí de joelhos 
de horror ante à tua presença 
que espelho!
este baile dos anos
que passa impudente 
diante de mim
e agora flor de agosto?
a pétala perfumada secou
caiu no frio chão
desta alma
que a cova macia
aguarda embarcar
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        Se eu pudesse poder
        
        se pudesse
eu diria tantas coisas mais
às pessoas do passado
às matizes das paisagens que já vi
às tantas ruas que debalde percorri
se pudesse
eu não daria chance ao mundo, não
eu valorizaria o suor
mais que o sangue e o amor
mais que este mundo imundo
da cor da sua ferrugem social
moral, econômica e doméstica
se pudesse
eu morreria bem no fundo
no
      fundo
                 do
                            meu
                                                 mundo
                                 sob
                                          medida
                                       legado
                                            memória
                                         miséria
                                         bem no fundo                     só
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