Dia 1 - O primeiro humano após quatro meses
Dia 1 - O primeiro humano após quatro meses
Não consigo mais dormir tranquilamente, um sonho terrível que tenho todos os dias depois que aconteceu. A morte da minha família foi tão trágico que me assombra em meus pesadelos, perder minha família pra este mundo apocalíptico... Não consigo superar isso tão fácil... Tudo que me resta agora é encontrar meu filho mais velho Thomás. Está é a única motivação que ainda tenho para viver. Não sei como e onde ele deve estar, nem muito menos se está vivo.

Tudo aconteceu tão rápido, infelizmente em uma madrugada onde todos estavam dormindo... muita gente não teve como se salvar, foi um ataque terrível. Esses monstros quebraram nossas janelas, acordamos assustados com o barulho, mas não deu para se salvar, eram vários... Infelizmente eu e meu filho só conseguimos escapar por causa que eles estavam comendo nossa família. Escrevendo assim, até parece que não tivemos nenhum amor e compaixão, mas não, isso foi só uma forma resumida de contar... tentamos salva-los, mas não deu, foi uma situação terrível, uma dor enorme que sinto até hoje.

Mas, chega de falar desta historio, é dolorosa de mais para mim. Preciso ir atrás de mais suprimentos, minha água está acabando, a cada dia os suprimentos vão ficando mais escassos, minha comida também já está acabando... Desta forma não vou durar muito tempo, por mais que eu esteja andando sozinho, os suprimentos não estão fáceis e não poço fica parada em apenas um lugar, isso me dificultá a ter um estoque, tenho que carregar só o necessário.

Agora estou indo a um mercadinho que tem neste bairro, lá deve ter sobrado algo, não faz tanto tempo que houve o ataque, faz em torno de 4 meses, apesar de ainda ter muito daqueles monstros, o que ajudá é a luz do sol, parece algo bem simples mas está ajudando muito. No dia aparecem poucos, eles são lentos e fracos, a noite ja é perigoso perambular, aparece os mais fortes e eles são bem mais rápidos.

Alguns dias atrás quase morri tentando procurar um lugar seguro para passar a noite , fui perseguido por um deles, são muito rápidos, por sorte consegui um abrigo onde eu poderia me esconder e passar a noite, achei que eu fosse morrer.

Enfim cheguei no mercadinho do bairro, agora preciso ver se ainda resta alguma comida ou água. Preciso olhar com bastante cautela, pode ter algum destes monstros lá dentro.

Entrei no local, de cara deu para ver que muita coisa já havia sido saqueada, não tinha quase nada. Enquanto eu pegava um pouco de suprimento, ouvi um barulho nos fundos, silenciosamente fui ver o que era, no instante que em abri a porta, um cara aponta uma arma para mim.

- Espere, não sou um zumbi. - Eu disse a ele tentando evitar de levar um tiro.

- Você está ferido, tem alguma mordida ou arranhões, algo do tipo? - Ele me disse, provavelmente para ver se eu poderia acabar virando um dos monstros.

- Fique calmo, por sorte não tenho nada destas coisas, não estou preste a virar um deles, estou aqui apenas para pegar um pouco de suprimentos. - Não devo nada a eles, mas me expliquei já que estava com a arma apontada para mim, mais especificamente em meu rosto.

- Ah, ok... Também estou aqui para pegar suprimentos, tem bastante para os dois, então não precisamos de nem um conflito, é... meu nome é Matheus me desculpe por apontar a arma para você, fazia muito tempo que eu não via um humano ainda vivo.

Bom, pelo menos ele parou de aponta a arma para mim, parece que ele não é uma pessoa má.

- Ah sim, entendo, você foi a primeira pessoa que vejo a pós quatro meses, acho que a humanidade não vá sobreviver isso por muito tempo, ah... me chamo Lucas.

- Também acho, mas estive ouvindo nos rádio amador que tem um abrigo feito pelo exército, poça ser que as pessoas estejam lá.

Olha uma informação interessante, poça ser que meu filho esteja lá.

- Onde fica este abrigo? - Perguntei a ele, preciso ir atrás do meu filho.

- Estou indo para lá, se quiser podemos ir juntos, duas pessoas fica mais fácil de sobreviver, um ajudando o outro.

- Mas você não tem nem um outro lugar para ir ou alguém? - Perguntei a ele, pois devemos ter mais cautela com quem está vivo, nunca se sabe, a humanidade das pessoas neste momento deves está bem escassas.

- Não tenho ninguém, estou andando sozinho, vou pro abrigo para ver se encontro minha família, acordei inconsciente em um hospital aqui próximo, preciso encontrar minha família e seria bem vindo uma ajudá, as coisas não devem estar nada fácil com o mundo estando assim.

Ele acabou de me fazer uma revelação interessante, ele também está em busca de alguém, isso pode ser mentira, mas também pode ser verdade, vou junto com ele, preciso chegar neste abrigo para ver se contra meu filho.

- Eu também estou atrás de alguém, estou a procura de meu filho, não o vejo desde que tudo aconteceu, nos perdemos quando tentamos fugir na evacuação. Não sei se ele está vivo e se tem alguém cuidado dele, ele tem apenas 18 anos, meu filho mais velho.

- Então podemos procura-los juntos, ver se eles estão no abrigo do exército.

Após pegarmos todo suprimento necessário, fomos andando em caminho ao abrigo, mas não iríamos andar muito, já estava anoitecendo e como eu havia dito antes... a noite é bem perigoso...

Chegamos a um determinado ponto da cidade, procuramos uma casa bem segura, onde havia grades nas janelas, como estamos no Brasil, dependendo da cidade era bem comum ter grade em janelas, principalmente em cidades grande, mas como estávamos em uma cidade pequena, tenhamos que escolher bem a casa.

Conversamos bastante enquanto andávamos, fomos nós conhecendo melhor, quem sabe assim eu poça confiar nele, sendo uma pessoas que acabo de conhecer.

Enfim encontramos uma casa segura, só precisávamos fazer uma barricada na porta com os moveis, assem eles não poderão entrar e nos atacar enquanto dormimos.

Como já estamos abrigado e seguro, comemos alguma coisas antes de dormir, conversamos mais um pouco, falamos sobre nossa família, contei a ele como pedir minha família, ele também me contou que perdeu alguns familiares com esses monstro, me falo também como ele se perdeu de sua mulher e seu filho.

Ele é um policial, levou um tiro ao meio um assalto, por conta disso ele foi levado ao hospital, parece que esteve em coma, não sabe por quanto tempo. Deve ser horrível acordar de um coma e está em um mundo apocalíptico, como diz o ditado, saiu da panela pra ir para frigideira.

Depois desta longa conversa fomos dormir, amanhã o dia seria longo, vamos atrás de nossa família.

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Por favor, curta e comentem, adoraria saber a opinião de vocês.
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© Lucas Tiago S. Macedo,
книга «As anotações de um sobrevivente».
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